sábado, 15 de dezembro de 2012

Assim sou eu.

Já estou, há muito tempo, depois dos quinze.
Já sou, há algum tempo, balzaquiana.
Mas sinto que sou mesmo é criança.
Tenho uma vitrola e uma máquina de costura.
Gosto de gato mas queria ter um cachorro.
Acordo cedo e olho o céu.
Amo café e a minha cafeteira é um dos meus bens mais preciosos.
Como Arnaldo Antunes escreveu e a Marisa Monte também cantou, sinto que "nunca acaba de caber mais dor no coração".
Mas também sinto que também nunca acaba de caber mais amor no coração e essa é a minha fé.
Sonho em ser o brotinho de Paulo Mendes Campos, pra saber esvaziar o sentido das coisas que transbordam de sentido, mas também dar sentido de repente ao vácuo absoluto.