terça-feira, 30 de outubro de 2012

Eu quero!

Girly Things  é o blog da Cris e, como o próprio nome diz, está recheado de "coisas de garotas".

Como é escrito em português, eu sempre sinto como se a Cris estivesse aqui bem pertinho e, muitas vezes, me esqueço que ela posta suas belezuras do outro lado do Atlântico para o mundo.

Foi assim que ao me deparar com esse post, mandei imediatamente um e-mail pra Cris. Assunto: EU QUERO! E a resposta me lembrou que ela morava em Portugal. Mas, meu mundo não caiu! Eu já tinha decidido que queria o quadro da volta ao mundo na minha estante. E a Cris foi super atenciosa, vendo quais as melhores possibilidades de eu pagar menos frete. Simpatia pura!

Depois de vários e-mails e um oceano atravessado, o quadro chegou aqui na minha petite maison. E eu tive a honra de ser a primeira pessoa no Brasil a ter uma produção da Cris. Olhem o recadinho dela:
















E agora na minha estante:


O que eu quero mesmo é dar a volta ao mundo. Olhar pra esse quadro é como olhar pra um sonho. E quando chego em casa, olho pra ele, sinto um apertinho no coração, solto um suspiro e falo em voz alta: será?

Ah, o Girly things também tem uma fanpage no facebook. É só ir lá curtir e seguir acompanhando a Cris. E espero que a minha petite maison não seja a única a ter um quadrinho da Cris, mas que as girly things produzidas por ela continuem atravessando o Atlântico.



quarta-feira, 17 de outubro de 2012

O vagão dos extremos


Entrei no metrô e todos começaram a aplaudir.
Delírio: por que estão me aplaudindo?
Realidade: não era para mim.
Os aplausos eram para três rapazes, músicos.
Estavam todos tão felizes, os rapazes instrumentistas e os demais passageiros.
Alguns até dançavam.
Encostei num canto e comecei a ler meu livro


Enquanto lia Julie Powell descrever como se extrair tutano de um osso de boi, a música ao fundo carregava de dramaticidade o momento e um nó na minha garganta se formava. Olhei pra aqueles meninos e fiquei com raiva,  pensando que o ambiente composto pela música de fundo e a leitura sobre o tutano provocariam lágrimas. Minhas lágrimas. Não que isso nunca tenha me acontecido antes (chorar em transportes públicos), mas sempre é uma experiência pouco edificante. 

Para não pairar dúvidas sobre a minha sanidade, dado que a descrição de como extrair tutano de um osso quase me fez chorar, vou transcrever o trecho para provar que tutano pode fazer chorar:

"O barulho da raspagem era terrível - como se eu  pudesse senti-lo nos meus próprios ossos. Uma metáfora relativa a exploradores das profundezas selvagens da África não parece fora de propósito aqui - havia um traço de O coração das trevas em toda essa situação. Afinal de contas, existe profundeza maior do que o interior de um osso? Ele é o centro do centro das coisas. Se tutano fosse uma formação geológica, ele seria o magma sob a terra. Se fosse uma planta, ele seria um musgo delicado que cresce apenas nos rochedos mais altos do monte Everest, com flores brancas muito pequenas durante três dias na primavera nepalesa. Se fosse uma memória, ele seria sua primeira, a mais dolorosa e reprimida, aquela que fez de você o que você é."

Foi isso que me fez engasgar. O convite a vasculhar meu arquivo de memórias à procura daquela que fosse a mais dolorosa e reprimida. Enquanto eu fazia isso, me perdendo em devaneios e quase soluçando em pleno metrô, os outros passageiros, embriagados pela música, buscavam trocados em seus bolsos e presenteavam os rapazes.

Eis que durante um pequeníssimo intervalo, entre uma música e outra, um senhor e um menino entraram no vagão. O senhor, de voz imponente, começou a descrever suas mazelas, iniciando por uma cegueira recém adquirida. Vi um dos rapazes músicos cutucar outro e inclinar a cabeça em direção ao senhor. Rapidamente, antes que o sinal de fechar as portas apitasse, os três saíram correndo daquele vagão e entraram em outro. Foram tocar suas músicas para outro público, não queriam competir com o senhor cego. Me lembrei, imediatamente, de "Circular", curta de Clarisse Vianna que conta o embate entre um vendedor de canetas, um vendedor de balas, um cego e um assaltante  na disputa pelo público de um ônibus.

Circular
Enquanto o senhor enumerava suas doenças quem iam de pressão alta a esquizofrenia, os sorrisos iam dando lugar a olhares para os próprios sapatos. Parecia haver um certo constrangimento pelos momentos de alegria vividos até segundos atrás. E creio que, sem saber do que acontecia naquele mesmo vagão antes dele entrar, aquele senhor conseguiu capitalizar involuntariamente em cima da situação. Suspeito que algumas daquelas pessoas ofereceram trocados ao senhor como impelidas por uma obrigação em fazer pela tristeza o mesmo que haviam feito pela alegria. E assim, quase o vagão inteiro encheu os bolsos do senhor de moedas e notas.

Dentre todas as doenças que percorreram o vagão naquele dia, eu, que andava suscetível pelo tutano, fantasiei sobre uma. Aquele senhor nos contou que tinha um coração grande e que, por ser tão grande, se mexessem nele, ele morreria. Fiquei pensando que isso era até poético: ter um coração tão grande e tão ocupado, que se alguém tentasse mexer nele, ele explodiria, como uma bomba. Poético e trágico ao mesmo tempo.

Acredito que aquele senhor não compartilhava do meu delírio, e não devia achar nem um pouco bonito ter um coração grande, um coração bomba.

E assim, a Cinelândia chegou, eu desci, e o metrô que carregava um vagão de extremos seguiu seu caminho.




terça-feira, 9 de outubro de 2012


Minha petite maison adora um ar retrô e anda suspirando por essa máquina de escrever e por esse gramofone.

para Marcelle se defender da TPM

Sabe a Marcelle?
Uma vez eu vomitei na bolsa dela. Pois é.
Mesmo depois disso, Marcelle ainda me carregou para casa, cuidou de mim, me colocou para dormir.
No dia seguinte, me deu café e não me contou que meu vômito tinha deixado vítimas fatais: o celular dela.
Um dia, a Mariana, irmã da Marcelle, fez os cálculos do quanto eu devia por esse episódio. E não era pouco.
Mas isso não é nada, é um exemplo ínfimo do que a Marcelle faz por mim.
Esse momento vai ser meio piegas, mas eu preciso dizer. 
O coração dela é tão bom que me faz perder o ar.
Amiga é pouco pra classificar o lugar da Marcelle no meu coraçãozinho.
A Marcelle não me acompanha nas minhas dores e alegrias, ela vive as minhas dores e minhas alegrias. Com uma intensidade que chega a doer só de pensar.

E, eu queria poder realizar todos os desejos da Marcelle, dos pequeninhos aos bem grandões. Então, ontem, eu cumpri um bem facinho e bem pequenininho: um lolo e um docinho de pote (ainda do aniversário da Melissa, minha sobrinha). Aproveitei e acrescentei um aviso de porta para dias de TPM, formando assim um kit TPM. :)




segunda-feira, 8 de outubro de 2012

E em cartaz na Minha Petite Maison:
Bonequinha de luxo
Boa Noite!

a primavera chegou

A primavera chegou na minha petite maison.

Chego em casa, depois do final de semana fora, e vejo que brotaram flores de gerbera e de lírio da paz.

Lindeza pura.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

De Paris, Nova York, inspirações e expirações

Um dia, eu fui pra Paris (já posso dizer Paris, je t'aime!)
Um dia, eu vou pra Nova York (quero dizer New York, I love you!)

Fazer um Paris versus New York aqui na minha petite maison.

Paris na petite maison

Nova York na petite maison




X  








Enquanto Nova York não está devidamente representado na minha petite maison, vou me inspirando no vídeo que Tony Miotto fez inspirado nas ilustrações de Vahram Muratvan (inspiração da inspiração). 

Pausa para divago: Agora, escrevendo inspiração da inspiração da inspiração...fiquei pensando na semelhança com inspiração, de respiração. Ops! Semelhança não! As palavras são iguais. E inspirar idéias é quase como inspirar o ar para alimentar nossos pulmões... Inspirar idéias para expirar criações.

Após a pausa filósofa de botequim, o vídeo: