sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Caos, café e um bolo de gatos

Hoje à tarde, enquanto Chiquinho e Micaela dormiam, fui passar um café. Café pronto, me sentei na cama, com um bolo de gato aos meus pés e fui ler Caos, o cachorro, livro de estreia da Tathyana Viana.

Apesar de as livrarias o colocarem na categoria infanto-juvenil, Caos pode tocar corações de todas idades, dos velhinhos aos novinhos, corações de todas espécies, peludos ou pelados, corações de todas as formas, grandes ou pequenos, duros ou moles.

Tathyana conta a aventura de um cachorro amarelo. Logo no início, o cachorrinho chega a uma conclusão, a de que o mundo é grande e por isso as pessoas e os cachorros se perdem uns dos outros. Às vezes eu também penso assim, porque o mundo é mesmo grande e também é um caos (esse caos aqui não tem nada a ver com o o caos livro, tá? Se alguém quiser saber porque o livro da Tathyana se chama Caos, vai na livraria, compra um e lê). E as pessoas, os  cachorros e os gatos (eu não poderia deixar de incluí-los) podem mesmos se perder, quase sempre para sempre. Mas nem sempre é assim. 


Digo isso com conhecimento de causa. Afinal, eu hoje li o Caos graças a um desses "quase sempre que deixou de ser pra sempre". Ano passado, me inscrevi pra fazer um curso de difícil definição, mas destinado a pessoas que gostam de escrever. Confesso que o curso não me conquistou, talvez como num namoro, o problema tenha sido eu e não o curso. Mas, apesar do curso em si não ter sido essa coca-cola toda, outras coisas valeram à pena: o lanche que era delicioso, o kit do curso que era bem legal e a Tathy. É, a Tathy, autora do Caos. Ela é uma dessas pessoas que gostam de escrever (exemplo do que é óbvio ululante, dizer que uma escritora gosta de escrever) e estava lá fazendo o curso. Mas não foi lá que nos conhecemos. Eu e Tathy estudamos juntas,  fomos da mesma turma na sexta série. Depois da oitava, ela mudou de escola e não nos vimos mais, até esse curso. Depois daquele "você não estudou no Pedro II do Centro e tal", conversamos e eu soube do Caos. Desde então, eu aguardava ansiosamente para vê-lo assim, prontinho. Enquanto esse dia não chegava, eu e Tathy mantemos contato por Facebook, Instagram e encontros casuais na rua. Pois é, além de tudo, ainda moramos perto uma da outra. E foi assim que eu pude estar no lançamento de Caos, trazê-lo para casa e lê-lo hoje, com café e gatos. E lembrei de uma frase que ouvi na faculdade: no final, o caos nem é tão caótico assim. Não é mesmo.


café, açúcar, afeto e caos
um bolo de gatos



Um comentário:

Obrigada pela visitinha à minha petite maison :)